sexta-feira, 31 de maio de 2013
Comércio
Caminhar em meio às lojas do Centro faz a gente se dar conta de quanta coisa não precisamos ter.
quarta-feira, 29 de maio de 2013
Sem guarda-chuva e com os pés molhados
O famoso metereologista da rádio que
costumo escutar tergiversa. Em meio a informações desinteressantes sobre como
está o tempo em Caracas, por exemplo, vez em quando ele emplaca uma notícia
importante. Tempo desses, vaticinou que choveria no dia seguinte em Porto
Alegre. Mais que simplesmente chover, "choveria canivetes", definiu.
O dia seguinte era uma quarta-feira, véspera de feriado. Existe uma certa ansiedade
em dias que antecedem o feriado. As pessoas em geral parecem estar mais
apressadas. Pois bem, não é sobre isso que pretendo refletir.
Não costumo
usar guarda-chuva. Quando desce o caldo d’água, estou pronto para tomar chuva
no lombo, ficar com o cabelo molhado e molhar os pés. Inclusive preparo-me para
o caldo jorrado pelos carros que espanam as poças para a beira da calçada.
Enfim.
De todas as
intempéries provenientes de um banho de chuva, a mais arriscada é molhar os
pés. É tiro e queda, todos dizem: pé molhado é pedir pra arranjar uma gripe, pé
úmido baixa a imunidade, esfria o corpo, pode dar choque... E, de fato, tudo
isso é verdade.
Molhar os pés,
no entanto, torna-se tão irrelevante (mas tão irrelevante) quanto a temperatura
de Caracas quando a rotina do dia te desperta atenção. O que quero dizer? Quero
traduzir um sentimento, escondido por muitos, de que pouquíssimo importa as
dificuldades cotidianas acometidas por um dia de chuva, por exemplo. Tanto faz
se é chuva, se é sol, se é sol com chuva. Tanto faz. Desde que as tarefas do
dia sejam desafiadoras, capazes de criar motivação para fazê-las. E o principal
para atrair esta (tal) motivação consiste em estar identificado com aquilo que
vai se fazer, com aquilo em que se vai despender o tempo. O tempo é precioso. E
essa frase não significa que fazer nada seja desperdiçar tempo. Fazer nada é
bem mais relevante e evolutivo do que fazer algo contrariado, aliás.
Não é
necessário tecer comentários tão profundos para chegar ao ponto central desse
texto. Identificar-se com o que se faz no dia a dia sobrepõe qualquer problema
que haja, seja ele grande, médio ou pequeno. Molhar os pés na chuva, incubar um
vírus gripal ou derramar café preto sob a pilha de documentos da mesa. Médio,
grande ou pequeno. Tais engodos ficam adormecidos perante a grandeza imbatível
da vontade. Daquele algo que te puxa sem parecer ser empurrado.
E o que passa
a importar, na verdade, é fazer o que se gosta mesmo com os pés molhados e com
os documentos manchados. Afinal, assim como os documentos, os pés também secam.
E assim como os pés, os documentos voltam a ter utilidade. Sendo assim, o
metereologista continuará anunciando mau tempo, informando temperaturas de
cidades longínquas, e eu continuarei saindo sem guarda-chuva.
quinta-feira, 30 de junho de 2011
Ingenuidade (I)
E eu, que nao sabia o poder segregador que a lingua falada contem, escrevo sem acentos por que teclo em teclas de um teclado feito em italiano.
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Por uma linguagem unica.
Por uma ingenuidade eterna.
Lutemos!
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Por uma linguagem unica.
Por uma ingenuidade eterna.
Lutemos!
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Dos aromas
Ainda não descobri odor melhor que o das lavanderias de roupa. Parece o cheiro da casa mais agradável que você não tem.
domingo, 19 de setembro de 2010
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
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